José Maurício Amendola
Fiquei sabendo ontem à noite que Lucy Soares César não se encontra mais no nosso mundo, já há dois dias.
De vez em quando eu lhe fazia algumas visitas. Foram tantas que cheguei a acompanhar o seu estado físico envelhecer, mas sua mente sempre estava intacta, como se tivesse uns trinta anos ou 90. Já escrevi sobre ela no Jornal Regional, numa das visitas.
A casa dela sempre foi centro cultural autêntico, não só pelos seus diversos trabalhos em vários campos da arte, mas também pelo seu acervo, obras de vários artistas, reunidas por ela durante sua vida. Era gostoso conversar com dona Lucy, por isso a procurava de vez em quando.
Quando saia da casa dela eu perguntava pra mim mesmo: por que essa mulher nunca foi convidada para ocupar o comando da Secretaria de Cultura de sua cidade.
Nunca consegui entender isso. Além de ser uma grande artista ela conhecia quase todos os outros artistas e artesãos da cidade. Às vezes ela citava um nome que eu não conhecia, dona Lucy me esclarecia: ele mora lá na rua tal, no Bicão, no Guanabara, na Estação... e assim por diante.
Minha mulher e eu ficávamos encantados com o imenso espaço cultural que ela tinha dentro da sua casa , e encantados também com o diálogo gostoso que ela nos proporcionava. Muitas vezes dona Lucy nos confidenciava sua tristeza por nossa cidade não proporcionar campos de ação onde as artes, a cultura, pudessem se desenvolver e atingir boa parte dos moradores de Ituverava.
Então, lá se foi dona Lucy Soares, mas ficou a sua arte, o seu trabalho artístico que vai passando de mão em mão, de casa em casa, de parede em parede.
E quando uma visita perguntar: oh, que quadro bonito!!! A resposta orgulhosa será "É da Lucy Soares"...
Fiquei sabendo ontem à noite que Lucy Soares César não se encontra mais no nosso mundo, já há dois dias.
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| Lucy Soares, novembro de 2005 |
A casa dela sempre foi centro cultural autêntico, não só pelos seus diversos trabalhos em vários campos da arte, mas também pelo seu acervo, obras de vários artistas, reunidas por ela durante sua vida. Era gostoso conversar com dona Lucy, por isso a procurava de vez em quando.
Quando saia da casa dela eu perguntava pra mim mesmo: por que essa mulher nunca foi convidada para ocupar o comando da Secretaria de Cultura de sua cidade.
Nunca consegui entender isso. Além de ser uma grande artista ela conhecia quase todos os outros artistas e artesãos da cidade. Às vezes ela citava um nome que eu não conhecia, dona Lucy me esclarecia: ele mora lá na rua tal, no Bicão, no Guanabara, na Estação... e assim por diante.
Minha mulher e eu ficávamos encantados com o imenso espaço cultural que ela tinha dentro da sua casa , e encantados também com o diálogo gostoso que ela nos proporcionava. Muitas vezes dona Lucy nos confidenciava sua tristeza por nossa cidade não proporcionar campos de ação onde as artes, a cultura, pudessem se desenvolver e atingir boa parte dos moradores de Ituverava.
Então, lá se foi dona Lucy Soares, mas ficou a sua arte, o seu trabalho artístico que vai passando de mão em mão, de casa em casa, de parede em parede.
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| Dona Lucy-Novembro 2013 |
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