terça-feira, 19 de março de 2019



JORNAL REGIONAL-ITUVERAVA-SP



Missão cumprida...
Welson Gasparini

Resultado de imagem para welson gaspariniTermino neste próximo quinze de março, com a posse dos parlamentares eleitos no pleito de outubro último, o terceiro dos meus mandatos como deputado estadual. Foram, acredito, 12 anos muito enriquecedores da minha vida nos quais tive oportunidade de conviver com inúmeros colegas e participar, direta ou indiretamente, de três governos estaduais: o de  Laudo Natel, na década de 70; o de Geraldo Alckmin, em seus dois últimos mandatos e, agora, do início de João Dória. Deixo a ALESP com a sensação de quem sempre soube combater o bom combate e a consciência do dever cumprido.
Me empenhei ao máximo – tanto no exercício dos meus mandatos de deputado estadual, quanto no de deputado federal, de vereador e de prefeito de Ribeirão Preto – para corresponder à confiança outorgada pelo eleitor através do voto. Se mais não fiz, não foi por falta de interesse ou de empenho.
Conforme afirmei em recente entrevista entendi chegada a hora de parar de participar das eleições como candidato. Jamais, entretanto, deixarei de participar como cidadão. Aliás – frisei nessa entrevista -  todo cidadão tem não apenas a obrigação como, so­bretudo, o dever de participar da política, pois, quando pra­ticada com honestidade, ide­alismo e competência, é uma das maiores provas de amor ao próximo.
Não acumulei, no decorrer desses mais de 60 anos de vida pública, grandes bens materiais; minha vida – ao lado da minha esposa, filhos e netos – tem sido modesta e assim continuará sendo. O que acumulei, entretanto, de bens imateriais me deixam plenamente realizado: afinal, amizade, afeto, simpatia e confiança são valores não avaliáveis..
Procurei ser bastante criterioso na distribuição das verbas ensejadas pelas emendas parlamentares as quais tive direito: contemplei, assim, entidades beneficentes de Ribeirão Preto e da região conhecidas e reconhecidas pela qualidade do trabalho social por elas realizado; destinei recursos, por outro lado, para as prefeituras realizarem obras indispensáveis como pavimentação asfáltica e, entre outras,  extensão de redes de esgoto; ensejei a aquisição de ambulâncias para prefeituras transportarem pacientes necessitados de atendimento médico especializado em outras cidades; consegui, em 2018,  a classificação de MIT (Municípios de Interesse Turistico) para 15 cidades da região de Ribeirão Preto (Altinópolis, Araraquara, Barretos, Brodowski, Itápolis, Ituverava, Miguelópolis, Monte Alto, Orlândia, Patrocínio Paulista, Rifaina, Santo Antonio da Alegria, São Simão, Sertãozinho e Tambaú).
Tanto em meu escritório regional de Ribeirão Preto quanto no meu gabinete na Alesp as portas estiveram permanentemente abertas para quem me procurasse; desde o primeiro dia sempre dei atenção especial a todos os problemas que me foram apresentados, procurando sempre encaminhar as melhores soluções.
Enfim, encerro mais uma etapa da minha vida mas a vida, com a graça de Deus, continua e eu espero continuar, sempre, fazendo por merecer o carinho que recebo em todos os lugares onde vou... (Welson Gasparini - deputado estadual, professor, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto).



Literatura




Escrito pelo israelense Yuval Noah Harari, professor de história e autor de vários livros, “Sapiens, uma breve história da humanidade”(2012), é um best-seller internacional .

O livro, bastante fácil de ser lido, aborda a história da humanidade, desde a evolução do Homo Sapiens até a revolução política e tecnológica do século XXI. O pequeno trecho abaixo, mais precisamente, páginas 366 e 367 da edição brasileira, é um relato claro e preciso das mudanças que aconteceram e continuam acontecendo e afetando a todos, inclusive a nós brasileiros.
Logicamente, o texto aqui mostrado tem uma sequência em que o autor faz uma comparação extraordinária entre o passado e o presente. E nos faz chegar à conclusão que continua tudo a mesma coisa.
É um livro para ser lido, analisado e debatido, se possível, em grupo até.

A Revolução Industrial provocou dezenas de reviravoltas importantes na sociedade humana. Adaptar-se ao tempo industrial é apenas uma delas. Outros exemplos notáveis incluem a urbanização, o desaparecimento da classe camponesa, a ascensão do proletariado industrial, o empoderamento do indivíduo comum, a democratização, a cultura jovem e a desintegração do patriarcado.
Mas todas essas reviravoltas são obscurecidas pela revolução social mais grandiosa que já atingiu a humanidade: o colapso da família e da comunidade local e sua substituição pelo Estado e pelo mercado. Até onde sabemos, desde os tempos mais antigos, há mais de um milhão de anos, os humanos viviam em pequenas comunidades íntimas, em que quase todos os membros eram parentes. A Revolução Cognitiva e a Revolução Agrícola não mudaram isso. Elas reuniram famílias e comunidades para criar tribos, cidades, reinos e impérios, mas as famílias e as comunidades continuaram sendo os tijolos essenciais de todas as sociedades humanas.
A Revolução Industrial, por sua vez, conseguiu, em pouco mais de dois séculos, transformar esses tijolos em átomos. A maior parte das funções tradicionais das famílias e comunidades foram entregues aos Estados e aos mercados.

         O colapso da família e da comunidade

Antes da Revolução Industrial, a vida cotidiana da maioria dos humanos seguia seu curso no interior destas três estruturas antigas: a família nuclear, a família estendida e a comunidade íntima local. (Uma “comunidade íntima” é um grupo de pessoas que se conhecem bem e dependem umas das outras para a sobrevivência).
A maioria das pessoas trabalhava em negócios familiares – a fazenda ou a oficina da família, por exemplo – ou então trabalhava nos negócios familiares de vizinhos. A família também era o sistema de bem-estar social, o sistema de saúde, o sistema educacional, a indústria de construção, o sindicato, o fundo de pensão, a empresa de seguros, o rádio, a televisão, o jornal, o banco e até mesmo a polícia.
Quando uma pessoa ficava doente, a família cuidava dela. Quando uma pessoa envelhecia, a família a sustentava, e seus filhos eram o seu fundo de pensão. Quando uma pessoa morria, a família cuidava dos órfãos. Se uma pessoa queria construir uma cabana, a família dava uma mão. Se uma pessoa queria abrir um negócio, a família levantava o dinheiro necessário. Se uma pessoa queria se casar, a família escolhia, ou pelo menos analisava o candidato a esposo. Se surgia um conflito com um vizinho, a família interferia. Mas se a doença de uma pessoa era grave demais para a família lidar, ou um novo negócio demandava um investimento grande demais, ou a briga com o vizinho agravava a ponto de violência, a comunidade local vinha em seu socorro.
A comunidade oferecia ajuda com base em tradições locais e em uma economia de favores, que com frequência diferia muitíssimo das leis da oferta e da demanda do livre mercado. Em uma comunidade medieval à moda antiga, quando meu vizinho precisava, eu ajudava a construir sua cabana e a cuidar de sua ovelha, sem esperar nenhum pagamento em troca. Quando eu precisava, meu vizinho devolvia o favor. Ao mesmo tempo, o potentado local podia mobilizar todos os aldeães para construir seu castelo sem nos pagar um centavo sequer. Em troca, nós contávamos com ele para nos defender contra bandoleiros e bárbaros.
A vida na aldeia envolvia muitas transações, mas poucos pagamentos. Havia alguns mercados, é claro, mas seu papel era limitado. Era possível comprar especiarias raras, tecidos e ferramentas e contratar os serviços de advogados e médicos. No entanto, menos de 10% dos produtos e serviços usados normalmente eram comprados no mercado. A maioria das necessidades humanas eram atendidas pela família e pela comunidade.
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Foto tirada da página de Jorge Dió Moisés, no Facebook

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Um comentário:

  1. Sinto-me entristecido. Welson Gasparini, políticos como você jamais deveriam deixar de atuar. Estado de São Paulo, Brasil, Ribeirão Preto e eu humilde eleitor sentiremos sua falta!!!

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