Estamos aqui, no Blog
Estamos começando uma nova etapa no jornalismo, isto
é, na verdade estamos apenas continuando o que gostamos de fazer, ou seja, dar
algumas informações e comentar também alguns fatos sobre o que acontece por
aqui e por aí. E vamos indo, agora, através do blog, do Blog Regional mas que
na realidade é um blog nacional, que você, caro leitor, poderá ler e ser
testemunha disso. E, aqui no Blog Regional, você poderá continuar participando
com notícias, informações, comentários e artigos, pois o Blog Regional pretende
continuar a ser um órgão de abrangência Nacional, mas ciente de nossas
limitadas possibilidades.
Continue, caro leitor, sendo bem vindo!
Orlândia oferece aulas gratuitas para idosos
A
prefeitura de Orlândia está oferecendo gratuitamente no Clube da Terceira
Idade, as segundas e sextas feiras, às 8,30 horas, aulas de Chi Chuan, uma das
práticas corporais da medicina chinesa, realizada através de movimentos lentos
e calma mental.
É benéfico no controle postural e flexibilidade, melhorando a força muscular e reduzindo o risco de quedas no idoso e, ainda, auxilia na melhora do equilíbrio, fortalecendo os músculos do corpo, diminuindo a tensão muscular e ajuda a concentração, proporcionando mais disposição e energia, combatendo a ansiedade e o estresse, estimulando o sistema nervoso.
Haja coração!
Maria Teoro Ângelo
Por mais que a ciência insista em dizer que o centro de todas as emoções é o cérebro, sempre foi o coração o escolhido para ser o receptor de nossas tristezas e de nossas alegrias. De órgão nobre de nosso corpo, vejam só o que fizemos com ele! Um inconsequente como provam os versos: “Pela porta aberta/De um coração descuidado/ Entrou um amor em hora incerta/ Que nunca deveria ter entrado.” Dono de grande autonomia: “Meu coração/ Não sei por quê/ Bate feliz/ Quando te vê.” Capaz de ser relativo, maleável, elástico: “Meu coração é do tamanho do mundo.” Sobrevive à frase: “Você machucou, feriu, despedaçou, partiu em pedaços o meu coração.” Resiste às flechadas de Cupido e ainda admite que alguém lhe roube um pedaço ou o leve inteiro, deixando um vazio dentro do peito. Define a nossa personalidade, o nosso modo de agir, os nossos propósitos: coração malvado, coração duro, coração mole, de coração aberto, é de coração. Pode ainda ser feito de pedra, de ouro, de banana, de manteiga, de chumbo. E quando é insustentável o momento: “Explode, coração de vidro!” O coração tem suas razões e não obedece a lei alguma. Localizado no centro do nosso corpo, desencadeia metáforas: coração da floresta, da cidade, do mundo, do problema, agregando ainda a conotação de lugar onde se concentram as coisas mais importantes. Pode aparecer em lugares inusitados: “Estou com o coração nas mãos. Vou embora, mas deixo aqui meu coração.” Cantado em prosa e verso, simboliza o amor e o romantismo. É sede de força e sinônimo de juventude e idealismo num coração de estudante. Quanto mais se descobre sobre o cérebro e se indica em que parte dele se realizam as diversas sensações, mais o coração é o culpado de tudo. Vai além dos cinco sentidos e faz uso do sexto: “meu coração me avisou, meu coração não se engana.” É capaz de nos guiar na dúvida: “Segui meu coração.” E todas as experiências de vida, a liberdade perdida ou conquistada morarão para sempre no coração do homem. Ele faz o milagre de nos deixar vivos quando dizem que não o temos mais e reafirma o prodígio em: “Há pessoas com nervos de aço, sem sangue nas veias e sem coração.” É o primeiro órgão a se manifestar e quando para, um indício de que a vida se foi. Feito de músculo e força, com a finalidade primária de bombear o sangue e tomar conta das comportas, fiscalizando o que passa por seus átrios e ventrículos, é constantemente esquecido nessa função em favor de outra mais instigante. Passamos a vida inteira cercando-o de cuidados para não ser atingido pelos males que o amor, a mágoa e tantas outras formas de sentir trazem e nos esquecemos dos fatores que poderiam comprometê-lo de maneira irreversível. A vida sedentária, a obesidade, o fumo, a poluição, a bebida, a falta de prevenção, controle e tratamento. É que acostumado a ser ouvido pelo lado filosófico da vida, ele não cria muito alarde quando o mal é de origem física. O coração não dói, dizem os médicos. Dói terrivelmente, dizem os poetas. (Maria Teoro Ângelo é professora aposentada e cronista.)
Chegando à
sua 69ª edição em agosto deste ano, a maior Festa do Peão da América Latina
começa a venda de ingressos na próxima quarta-feira, dia 17 de janeiro, às 12h.
De acordo com a organização do evento, os acessos serão disponibilizados por
lotes para todos os setores pelo site oficial de vendas https://barretos.totalacesso.com/.
Atrações
José Maurício Amendola
Uma imagem de Santa Terezinha me acompanha ao longo de minha existência, desde menino. A imagem pertencia a minha mãe. Há 50 anos que faço minhas orações junto a Santa Terezinha. Quando eu era criança e tinha dor de dente, eu recorria à Santa Terezinha. Muitas vezes a dor passava e outras vezes ela me encaminhava ao dentista.
Numa prova de Matemática, na quarta série do ginásio, eu precisava de uma boa nota para passar de ano. Rezei tanto para Santa Terezinha que os problemas passados pelo professor João Beber foram sendo resolvidos e solucionados com a maior facilidade. Até o professor estranhou e me perguntou: “Ué, o que aconteceu?”
Acho que todo mundo tem uma santa ou um santo protetor, se não quem suportaria tantas adversidades, não é mesmo?
Há pouco tempo, minha família e eu fizemos uma viagem e ficamos alguns dias fora. Quando voltamos, deparamos com uma notícia chata: havia entrado gente em minha casa e levado algumas coisas.
Sempre pensei que em minha casa ninguém entraria para roubar alguma coisa. Afinal, em minha casa não tem nada que possa render algum dinheiro aos ladrões, pensava eu. Não é que levaram o toca-disco? Acho que ficaram com dó e não levaram as duas caixas de som. Agora não tenho ouvido mais os rocks barulhentos dos filhos, mas era melhor ouvi-los.
Mexeram os “meus amigos” em várias coisas, em várias gavetas e armários. Mas, o que nos chamou a atenção foi o fato de que na cômoda onde se encontra a imagem de Santa Terezinha ninguém mexeu nas gavetas, ficou tudo intacto. Foi como se Santa Terezinha tivesse dito a eles “epa, aqui não”.
O planeta está cheio de mistérios. Quase todo mundo tem alguma coisa misteriosa para contar. Muitas vezes as pessoas não acreditam naquilo que alguém está contando e relatando, mas provavelmente quem conta viu ou percebeu algo diferente, algo que se pode chamar de misterioso.
Quer ver que caso interessante ouvi outro dia?
Nino, meu irmão, disse-me que numa noite destas sentiu vontade de ouvir músicas italianas. Há muito tempo que ele não tocava os discos italianos. Colocou os discos sobre a mesa e começou a escolher as músicas.
De repente, Nino se lembrou do outro irmão, Roberto, que reside há muito tempo em Maceió, Alagoas. Roberto sempre gostou de ouvir e de cantar músicas italianas, as mesmas músicas cantadas hoje por Pavarotti, Plácido Domingo e outros. Nino também sempre foi um cantor de músicas clássicas da Itália.
Pois bem. Nisso o telefone tocou e Nino atendeu. Não é que Roberto, lá na longínqua Maceió, também estava ouvindo músicas italianas e se lembrou do Nino?
Diga a verdade, não é bonita uma coisa dessas? Alguém poderá dizer que isso é coisa de italiano, que italiano é sentimentalista, etc e tal. Mas que é bonito, é. Que é um mistério, também é. (Jornal Regional – 15/02/94)
Espaço de Artes
Hora certa
Luciano César Teixeira
Tem horas que a vida vira um hiato.
Tem horas em que você deixa de ser o sujeito.
Tem horas que o verbo de ligação deixa de ligar.
Tem horas em que o silêncio fala mais.
Tem horas que falar não diz nada.
Tem horas que o relógio atrasado não adianta.
Tem horas que não ora.
Tem horas que não adianta orar.
Tem horas que atraso
Tem horas que o tempo não passa.
Tem horas que fico horas e horas sem ter nada para fazer.
Tem horas que fico aguardando.
Tem horas que perco o tempo.
Tem horas que não tenho mais tempo.
Tem horas que o tempo passa.
Tem horas que a vida amarrota.
Tem horas
Tem horas?
-Senhoras e senhoras o tempo é o senhor da razão, a qualquer hora, em qualquer tempo.
Há muito e muito tempo.
(Luciano César Teixeira é ituveravense residente em São Paulo e publica seus textos na página Todo Causo, no Facebook)
😊
Olha eu aqui
Maria Nowakasotras
Quem
diria, não é mesmo? Puxa vida, quem diria, pois não? Quem diria que eu também
um dia iria escrever “pois não”. Eu achava, antigamente, antigamente não, até
há pouco tempo (fica mais chique) eu achava que nunca usaria esse “Pois, não –
ou: pois, sim...)
Eu
achava que era só gente metida que falava ou escrevia assim, mas não é não. Eu
também posso usar, e vou lhe falar mais: você também pode dizer “pois, não...”
É até gostoso falar como gente fina, você não acha? O grande problema que a
gente pode encontrar é se aquele ou aquela, ou ainda aquele mais prá lá do que
prá cá entende o que a gente fala, ou escreve.
Dito
isso (espere um pouco: esse Dito aí não é o Benedito. Não, não é ele não, é
outro, é Dito mesmo. Desculpe-me a correção, o esclarecimento.
Antes
de continuar, no entretanto (que é a mesma coisa de no entanto, mas e todavia)
quero dizer que gosto de me lembrar de coisas antigas, pois assim o alvo da
matéria já morreu faz tempo e não vem aqui me corrigir, não é mesmo?
Meu
Deus do céu, fico falando...falando...isto é, escrevendo...escrevendo...contando
coisas e lorotas...espere um pouco. Lorotas? O que será isso? Há muito tempo
que vejo alguém dizer essa palavra (lorota), que, agora fico na dúvida. Existe
mesmo essa palavra? Lorota? Como hoje está tudo mudado, pode ser que Lorota,
hoje, seja nome de mulher – dona Lorota, por exemplo – Lorotinha (outro
exemplo). E é, também muito provavelmente uma notícia de um jornal da cidade,
assim, por exemplo: “Nasceu em nossa cidade a garotinha (claro que é garotinha,
não podia ser “uma moça”, não é mesmo?) Continuando: “que na Pia Batismal vai
se chamar Lorotinha”...
Meu
Deus! Como tudo está mudando, gente do céu! Parece até que vivemos num outro
mundo. Num outro mundo é demais, né? Num outro lugar soa muito melhor. É isso
mesmo, soa melhor. Estou repetindo porque senão vai aparecer um engraçadinho
por aí e dizer que eu disse isso e aquilo, e até eu provar que não é nada
disso, olha, vai uma distância de não sei quantas léguas.
Olha,
escuta aqui, eu disse léguas e não éguas. Certo? Pois bem, se está certo, tudo
certinho, prá que continuar, não é mesmo? Oraora.
Não.
Esqueça o que eu escrevia aí no finzinho (oraora). Se eu não tirar esse oraora
vai ter gente que vai dizer que estou pedindo para rezar...certo?
😀
Jornal de Sucupira
Um jornal sério
-
Bem, o que nós vamos comer hoje?
-
Água...
****
-
Minha querida esposa, o que minha querida
esposa
fez para o seu querido maridinho?
-
Filé mignon, bacalhau e lasanha...
-
Não acredito...
****
-
Onde você vai passar as férias?
-
Em casa...
****
-
Meu filho, o que a professora ensinou hoje?
-
Hoje? Ela ensinou como procurar as
respostas
no celular...
****
-
Meu filho, você precisa mudar o seu jeito. Você só fala em homens,
em
homens...em homens...fale um nome de mulher, de mulher, puxa vida.
-
Está bem, pai. Vou falar, Leila! Presidente do meu Palmeirão...
****
-
Você viu o que deu na Globo?
-
Não, eu não vejo televisão. Meus amigos contam tudo o que
veem
na televisão. E no computador também...
****
Zé Maurício mais atual que nunca. Só não entendo ainda o por que, não homenageam esse homem!!!!
ResponderExcluirMuito obrigado. Estava com saudades.
ResponderExcluirParabéns, Zé Maurício!
ResponderExcluir