terça-feira, 3 de maio de 2011

Antigamente as pessoas eram outras

Taí uma coisa que ninguém poderá contestar. É mais do que lógico que antigamente as pessoas eram outras, porque se fossem as mesmas alguma coisa estaria errada. Você já pensou? Todo mundo com 150 anos, 200 anos andando por aí nas ruas. Seria esquisito.
Mas o que quero dizer não é propriamente uma questão de idade. Trata-se de uma questão cultural e, sendo cultural, a idade não tem nada a ver. Por exemplo, há 50 anos mais ou menos, ou 60, Ituverava tinha bons cantores, bons músicos, bons atores de teatro, havia desfiles cívicos e artísticos, bons diretores de clubes etc.etc.etc., ou seja, havia muito mais cultura no seio do povo do que hoje.
Aí, alguém de hoje poderá responder que temos mais cultura nos dias de hoje, pois temos televisão, internet, celulares e tantas outras coisas que a gente nem sabe que temos.
Mas a cultura das pessoas não se mede por ser proprietário de um celular, de jogar no videogame, de fazer tudo igualzinho o que os meios de comunicação mandam fazer. A cultura está na cabeça das pessoas e não nos objetos que elas possuem. Seja a pessoa de que idade for.
Antigamente, olha eu no antigamente outra vez, ouviam-se músicas sertanejas, então chamadas de caipiras, das 7 às 8 da manhã nas emissoras de rádio. No resto do dia eram músicas mais bem elaboradas, vamos dizer músicas melhores. Nossa Senhora, será que vou ser processado porque estou dizendo que não gosto de música sertaneja e, por isso, estou praticando o agora decantado preconceito? Será?
Por falar nisso, hoje a gente nem sabe mais como se expressar ou escrever. Será que isso pode? Será que isso não pode falar, escrever?  E os apelidos, como iríamos fazer? não poderíamos mais chamar nossos amigos pelo apelido porque senão os defensores dos direitos humanos nos denunciarão nos meios de comunicação.
Então, antes que tal ocorra terei que me despedir do Macarrão, do HomerãoPreto, do Zé Branco, do Amarelinho, do Azulão, do Grilo, do Batata, do Pezinho, do Pezão, da Nega, dos Mané Preto, do Pororoca,  do Gravatinha, do Abobrinha, do Abobrão, da Bolachuda, do Zé Preto, do Cuié, do Dedão, do Zé Oreia, do Piolim, do Sapinho, do Ratinho, do Minhoca, do Zé Goiaba e tantos outros.
Voltando no que eu estava querendo dizer, mas não disse ainda, quero lembrar que antigamente ao fazermos uma compra e o comerciante (o dono da loja) dizia "é 37 e 60 centavos". A gente respondia "puxa, 37 e 60?". O dono da loja: "paga só 30 vá, assim não preciso fazer troco..."
A rapaziada de hoje, que me lê, quando estiver com a minha idade, vai dizer "antigamente é que era bom..."

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