quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jornal Regional -16 de Julho de 2013


















Primeira Página
A Avenida Quércia parece fadada a estar sempre abandonada pelo poder público municipal. É uma pena, pois a avenida seria uma bonita via pública caso houvesse interesse por parte da Prefeitura de Ituverava. A foto mostra a mureta que beira o rio, toda arrebentada, sob a proteção de uma mísera tela de plástico pedindo socorro.

Henfil
Em 1984 o cartunista Henfil publicou o livro Diretas Já, composto em boa parte de charges inesquecíveis. Henfil, como poucos  brasileiros, enfrentou com suas charges e piadas os tempos difíceis da ditadura militar. Quando Henfil criticava, ele usava o humor. Ele morreu novo, vítima do virus HIV. Sua mensagem satírica vale para hoje ainda e, parece, vai servir para sempre.









  Página 2
Reeleição, tudo na mesma?
José Maurício Amendola
Muita gente está sabendo que enviei uma carta ao deputado Tiririca pedindo que ele encaminhasse ao Congresso Nacional uma mudança política, ou seja, o fim da reeleição para todos os cargos eletivos no Brasil: presidente, vice-presidente, senador, governador, vice-governador, deputado federal, deputado estadual, prefeito, vice-prefeito e vereador.
Por coincidência ou não, tal projeto foi apresentado, mas tiraram fora as reeleições de senadores, deputados e vereadores. Ora, está claro que tais reeleições são contra os interesses da população brasileira, mas se ninguém reclamar ou protestar vai ficar assim mesmo, isto é, os políticos sejam de âmbito federal, estadual ou municipal se perpetuam no Poder. Então, é preciso que toda a população brasileira se manifeste através de qualquer meio de comunicação, inclusive por meio de um protesto público, porque senão tudo fica na mesma.
Então, tendo-se em vista tal situação, o povo precisa se manifestar, ou seja, é necessário derrubar esta lei que permite que os políticos se perpetuem nos cargos públicos. Para uma causa pública ser limpa é preciso a participação do povo, se não, de que vale apenas falar e escrever?
Vou contar aqui um caso que aconteceu comigo. Um prefeito de nossa grande região foi impedido de se candidatar à reeleição. O que ele fez? Sua mulher foi a candidata no lugar do marido e foi eleita. Como eu fazia trabalhos jornalísticos na região, fui visitá-la, a prefeita, bem entendido. A prefeita me atendeu com toda educação, com toda a gentileza, mas respondeu-me: “Olha, eu estou aqui no cargo de prefeita, pois fui eleita pelo povo, mas quem manda e resolve tudo é o meu marido”.
E assim é. Ninguém quer deixar os cargos públicos. Certa vez, no tempo dos militares ainda, baixou-se uma lei que aumentava o mandato dos prefeitos por mais dois anos. Um prefeito da região, em entrevista para este Jornal Regional, disse-me: “pode por aí no seu jornal que ao chegar o dia do término de meu mandato, como está previsto na lei, eu renuncio, pois não quero ferir a minha dignidade. Fui eleito para quatro anos e não fico mais do que isso”.
Alertei-o de que ele poderia mudar de opinião e assim, continuasse no cargo por mais dois anos e não apenas os quatro para os quais fora eleito. Ele: “Não, não fico nem mais um dia”. Final da história. O dito cujo ficou mais dois anos na Prefeitura e se pudesse ficava mais ainda, porque deve ser gostoso ser prefeito...e como gastam dinheiro para entrar ali, na Prefeitura!
Então, lembro mais uma vez aos leitores do Jornal Regional que se tiver que haver alguma mudança no Brasil essa mudança virá com a participação do povo, apenas do povo, e não com os políticos, pois quase todos eles são profissionais da política. Tenho dito. Ou melhor, tenho escrito.

Oi, gente, estou aqui!
Maria Novakasotras

Gente do céu, há quanto tempo não nos vemos, não é mesmo? Pois então, esse tempo que fiquei longe de meus queridos leitores, sabe o que fiz? Não sabem, né? Nem vão saber porque o lindão do Bonner e a antipática da Patrícia Poeta não vão dizer nada sobre mim. Essa Patrícia, com aquele cabelão preto tampando metade do rosto, olha vou falar a verdade, acho que ela deve ter algum defeito do lado esquerdo do rosto. Além do que praticamente não temos mais poetas no Brasil, se ela fosse pelo menos Patrícia Escritora... mas duvido que ela seja escritora, embora estejam bronqueando aqui perto de mim, anunciando que o Brasil está cheio de poetas.
Agora...tem uma coisa, o Bonner, não, o Bonner com aquele olhar, com aquela voz, gente do céu, acho que ficaria horas e horas ouvindo-o falar. Na hora que ele fala “escândalo nisso... escândalo naquilo...Nossa Senhora, parece que a gente está vendo o pessoal do governo enfiando o nosso dinheiro nos bolsos e maletas deles. É uma beleza! Willian Bonner...nem parece brasileiro... mas o que vamos fazer, ele é brasileiro mesmo e temos que aceitar isso. Com esse nome e com aquela pose toda bem que ele merecia ser um inglês. Um inglês, um repórter inglês bem próximo da rainha Elisabeth. O repórter inglês vê tudo, conhece todos os escândalos, os roubos, a corrupção, mas não fala nada, não escreve nada, e o povão vai lá em frente ao palácio bater palmes, gritar, chorar ao ver a rainha e agora o neto com sua linda mulher... puxa vida, como eu gostaria de ser inglesa e morar em Londres. Ou melhor, em London.
Puxa vida, eu queria falar uma coisa e saiu outra. Eu queria falar dos roubos, dos escandalosos roubos brasileiros, e acabei admirando, enaltecendo e engrandecendo a roubalheira, a corrupção inglesa.
Desculpe-me caro leitor, mas você já notou que o nosso querido prefeito parece ser inglês, que ele tem categoria, que parece um príncipe inglês?



















 Página 3
Casamento de Fabiano confirma sua existência

O Jornal Regional sempre acreditou na história de que o fundador de Ituverava foi Fabiano Alves de Freitas. Mesmo depois de o professor José Geraldo Evangelista, que para Ituverava veio lecionar na iniciante Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras local. Ele pesquisou e até escreveu um livro, apontando como fundador de Ituverava João Alves Figueiredo.
De repente, boa parte dos ituveravenses aceitaram ser João Alves Figueiredo o fundador de Ituverava, mas o Jornal Regional, através do jornalista José Maurício Amendola, preferiu primeiro ouvir as muitas famílias Alves de Freitas, residentes antigos de Ituverava.
Estes, os Alves de Freitas, principalmente os mais antigos, de idade avançada, confirmaram que o parente Fabiano era de fato o fundador de Ituverava e que isso era ou foi sempre confirmado pelos seus pais, tios e avós, mais velhos ainda.
Passados tantos anos, o Jornal Regional obteve uma cópia da certidão de casamento de Fabiano Alves de Freitas e Maria Joaquina de Oliveira. O documento foi fornecido pela Catedral N.S da Conceição, de Franca, a pedido da direção da Escola Fabiano Alves de Freitas,  de Ituverava, com data de 01 de agosto de 1983, assinado pelo padre Oswaldo Pinto Moreira.




























 Página 4
O nó do afeto

 José Carlos Ficher
Mais uma das minhas mensagens preservadas da Internet. Como sempre, um texto bonito e de profundo ensinamento.
Enviada pela minha amiga Cleonice Lacerda, o texto não tem identificação do autor. Formatada por Orlei Antônio, no “hotmail.com”, com um lindo fundo musical e com o título “O nó do afeto”, a mensagem diz assim:
“Em uma reunião de pais numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos; Pedia-lhes também que se fizessem presentes na vida deles o máximo de tempo possível...
Ela entendia que, embora a maioria dos pais trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saia para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo...  Quando voltava do serviço já era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.
Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicar o afeto entre eles.
A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras das pessoas se fazer presentes, de se comunicarem com os outros.
Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. E, o mais importante, é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.  
Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó...
Pense nisso.”
Feliz Dias dos Pais.


Cartas

O Jornal Regional recebeu a carta abaixo, assinada como autor desconhecido. Estamos publicando porque a reclamação tem sentido e merece ser analisada pelas autoridades competentes.
Bendito AME
Sem dúvida o AME aqui em Ituverava é um presente de Deus! Atendimento nota mil, profissionais capacitados em todos os setores. Mas, o que dói é a tal fila de espera!!!
Tem gente com suspeita de câncer, esperando há meses por um diagnóstico, isto é, igual futebol no último jogo de um campeonato: os jogadores jogam contra o adversário (no caso, a enfermidade) e com o tempo (a lista de espera)!!!
O ideal seria um AME para atender no máximo duas cidades.
Infelizmente o ser humano está tão bitolado a cumprir deveres que está esquecendo que também tem direitos, inclusive o de sugerir algo de bom, que pode ser útil caso a idéia seja aproveitada.







  Página 5
Jornal de Sucupira

- Tô desconfiado que vai haver muita mudança.
- O que presenp?
- Os que tava fingindo de crasse média vai vortá pra crasse
dos sem eira nem beira...
                               ****
- Vem cá, cê é da crasse a, b ou c?
- Óia, na escola a professora fala que sou da crasse dos ruim...
                               ****
Saúde
- Dotô, eu tô com uma dor no coração!
- Calma que o seu São Paulo vai voltar a ganhar...
                               ****
- Afinal, o que é que eu tenho dotô?
- Mira, si la dolor es por lo alto de su cuerpo pienso que es alguna cosa
em su corazón, pero si es abaso no es corazon, pero no lo se que se pasa com usted...
                               ****
Prefeitura
- Doutor prefeito, tem um pessoal aí querendo falar com o senhor.
- Olha, eu nomeei você justamente para falar com esse pessoal, ora bolas...
                               ****
- Olha, hoje eu não vou atender ninguém.
- O senhor prefeito tem razão, pois o senhor está a
600 quilômetros daqui de Sucupira...
                               ****
- Se alguém disser que eu não estou em Sucupira, mas que estou
 no Rio não está falando a verdade>
- Então, onde o nosso prefeito está?
- Estou na Bahia...
                               ****
- Por que ninguém veio protestar na prefeitura contra o prefeito?
- Ora, doutor prefeito, é que eles sabiam que o senhor não estava aqui...
                               ****
Escola
- Professora, qual a diferença entre a gente dizer um mau governo e um bom governo.
- Não tem diferença nenhuma...
                               ****
- Jerônimo, você acha que tem vida fora da Terra?
- Tem, uai, nóis mora no asfarto...
                               ****
- Atenção classe, vou fazer uma pergunta e vocês vão responder: vou escrever
a palavra Pau. Onde eu ponho o acento?
- Que isso, professora? Eu num ponho o acento nisso de jeito nenhum...
                               ****
 





















    Página 6
Meta de Bassin é remodelar onde tudo começou


O primeiro supermercado adquirido pelo empresário Bassin Tannous foi a antiga Casa Paulista, localizada na esquina da Praça 10 de Março com a Rua Coronel Augusto Barbosa, tornando-se o primeiro da rede de supermercados da qual é proprietário.
Depois disso, Bassin só viu crescerem seus negócios, a ponto de ser proprietário de nada menos que quatro lojas, sendo duas delas transformadas em padrão de alta qualidade, ambas localizadas na Avenida Dr. Soares. Em breve, a loja número 3, que fica na rua Abrão Diniz passará por amplas reformas.
Depois, talvez em janeiro próximo, ao que se sabe, a próxima meta é modernizar a loja onde tudo começou, ou seja, a Loja 1. Sabe-se, inclusive, que BassinTannous adquiriu um imóvel de grandes proporções para fazer uma reforma total na sua primeira loja. O imóvel adquirido é uma grande parte da área que pertencia à antiga empresa, Móveis Mambrin, juntando-se com o grande espaço ocupado pela Loja 1 do Supermercados Liberdade. Já se pode calcular o tamanho do empreendimento.







Bassin e sua esposa Eliana,   quando inauguravam as novas instalações da Loja 4.




Imóvel, grande parte da antiga loja Mambrim, adquirido por Supermercados Liberdade.
















 Página 7
 Memória
Eram assim os anúncios de jogos de futebol nos idos de 1940 e inícios dos 50 em Ituverava e por grande parte do Interior. Eram chamados de programa, ou de cartaz. Eram colados nos bares e no comércio em geral. Esses programas eram o rádio e os jornais de hoje. Neste que apresentamos hoje, aparece até a foto, que era chamado de clichê, do craque Peres. “Dentre os nomes dos jogadores de Ituverava constam os nomes de Alemão (o Rubens França), o arqueiro voador, que guarnecerá o arco ituveravense, Arlindo Gato, o melhor zagueiro do 7º setor, formará com Roberto Telles a zaga dos locais. Outros valores como Rui, Vicentão, Periquito, Avestruz, Cobrinha, Capucha, Pacú, Bolinha, Peres e Nenzinho, estarão a postos para a defesa das cores locais”.




José Abdala Jabur foi prefeito de S. Joaquim da Barra até 1982. Ele era muito popular na cidade e mesmo na região, pois era um político diferente. Para início de conversa ele foi eleito pedalando uma bicicleta e conversava a mesma língua dos eleitores. Como prefeito Jabur atendia a todos da mesma maneira, com porta do gabinete aberta, sem segredos. Atendia a todos, e não escolhia com quem ele queria falar. Jabur ficava à vista de todos, assim como outros prefeitos de outros tempos.
 Se precisava escrever qualquer carta ou documento, ele mesmo escrevia na máquina de escrever.
Ele fez muito por São Joaquim da Barra e poderia ter feito muito mais se a morte não o pegasse quando Jabur ainda tinha muito a oferecer aos habitantes de sua cidade. 

Esse time de futebol aí na foto levava o nome de Sãopaulinho, mas isso não queria dizer que seus craques fossem são-paulinos. Aí havia palmeirenses, corinthianos, santistas ainda parece que não, e até quem não torcia por nenhum time.
Mas, vamos aos nomes dos craques, da esquerda para a direita, no alto: Renato Batata, José Estevam Alves, Luizinho do Zito, Willian Carpideira e Cabeça (Serginho Freitas). Agachados, na mesma ordem: José Carlos Borges, José Dirceu Telles, João Rodrigues, Antônio Márcio Sandoval, Athaidinho Sandoval, João Augusto de Souza e o goleiro Antônio Yoneda. Em pé, acompanhando a meninada, à esquerda José Ferreira Telles, o Dr. Juquinha, e à direita Mário de Assis, das saudosas Casa Santo Antônio e Casa do Mário.

Página 8
Espaço de Arte






Valter Ferreira Costa (foto) é um artista da pintura que poderia fazer nome em outros centros mais voltados para as artes plásticas. A mesma situação já ocorreu e acontece com dezenas de artistas ituveravenses. De repente os artistas param com seus trabalhos por falta de incentivo ou motivação e, de repente também, eles voltam a lidar com as telas e os pincéis.

Valter é um pintor que denomina sua arte como sendo abstrata. Ele diz que começa a passar o pincel e tintas sem saber bem o que irá acontecer. A hora que ele acha que deve parar uma pintura ele pára. Como Valter não segue nenhum padrão tradicional, sua obra pode ser interpretada de acordo com a imaginação de cada um, com total liberdade de expressão.
Perguntado sobre o que representa essa tela sua ao lado, Valter Ferreira Costa respondeu sorridente: “Não sei”.

























O céu de Ituverava estava totalmente nublado por volta das dez da manhã. De repente, no entanto, as nuvens começaram a bailar e a se espalhar, abrindo espaços para a formação de artes provocadas pela natureza. Surgiu, então, um sol brilhante, bonito, dando ensejo para uma pose especial captada pela câmera digital de Maria Luíza Bonini Amendola.






















Nenhum comentário:

Postar um comentário