domingo, 8 de setembro de 2013

Crônica publicada em agosto de 2012

E viva a morte!
José Maurício Amendola

Você está vendo quantos assassinatos são anunciados nas TVs e nos jornais? Até os chamados “gente boa” estão partindo para o crime e para o roubo. Até parece que o roubo e a corrupção estão institucionalizadas, sendo que a corrupção é praticada por 99% dos chamados “gente bem”. Que não fique todo mundo bravo comigo, pois, afinal, só atingi 99%, ficando 1% de fora, e quem se julgar dentro do 1%, ótimo, pronto, está liquidado o assunto.
E por que viva a morte, como está lá em cima, no título?
Vou tentar argumentar alguma coisa nesse sentido.
Há de se convir que grande parcela da população mundial esteja com o saco cheio de viver por aqui, no nosso querido planeta Terra, tanto é que quem tem muito dinheiro está procurando outros planetas para viverem. Isso quer dizer que, se concordarem comigo, vão estragar mais um planeta.
Você já notou que onde vivemos, no nosso planeta, os países ricos mandam no nosso mundo, jogam bombas em vários lugares. Matam à vontade e dizem que estão salvando o país bombardeado. Durma-se com um barulho deste!
E promovem guerras e mais guerras, das quais só participam e morrem pessoas pobres de vários países. Os que conseguem voltar vivos a seus países, ganham uma medalhinha e um abano de mãos dos que não foram. E em alguns lugares erguem-se estátuas e monumentos ao “soldado desconhecido”. E os embaixadores e generais ganham as maiores homenagens e ficam seus nomes eternizados pelos governos vencedores e pelos meios de divulgação pagos com dinheiro dos governos. Da mesma forma que o Banco do Brasil, Caixa Federal, BNDES, Petrobrás e todos os ministérios pagam os meios de comunicação para falar que tudo vai bem no Brasil.
Mas, e por que viva a morte?
Além de tudo isso acima, que temos que suportar porque estamos vivos ainda, temos que suportar as mil doenças que surgiram no mundo e que custam muito caras para nos livrarmos delas. E em cima de nossas dores e doenças, ganham muito dinheiro milhares de médicos, milhares de planos de saúde, centenas de laboratórios e centenas de fabricantes de aparelhos criados para descobrirem e curarem (???) nossas doenças, cruz credo.
E a pessoa fica ali totalmente entregue à morte, e nós fazemos de tudo para que continue viva. Aquele monte de aparelhos proporcionando uma falsa vida ao doente, e este talvez pedindo para entrar na morte e, quem sabe, seguir outro caminho, quiçá melhor do que este aqui.
Quem morrer, verá. Ou... não verá.


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